Fabiana Gabas Kallás, insere-se nessa corrente temporal com pinturas de grandes dimensões nas quais a épica define o conceito e o gesto. Para a artista a pintura é antes de tudo uma ponte entre os tempos, um ato de coragem que abraça a história e projeta o futuro. Ela pinta os seus desejos e medos, mas pinta também e principalmente, um mundo em que vivemos e o papel da pintura, território do gesto e da matéria diante de um mundo virtual e tecnológico.
Gabas Kallás acentua a importância da fisicalidade, da misteriosa equação entre o tempo e o espaço que une a pintura, a dança e o teatro. A sua atuação profissional como médica permite que ela compreenda a história e a genética; a sua pintura reflete o presente a partir das referências e influências do seu passado. O pintor é, e sempre será, um elo da corrente que perpassa o tempo e constrói a história.